sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Curiosidades

FORROBODÓ - O FORRÓ CONQUISTOU O BRASIL
Quarta, 30 de janeiro de 2008 - 14:19h

A profissionalização das bandas, as letras bem trabalhadas, as vibrantes melodias e principalmente a sensualidade e alegria de sua dança fizeram do forró, um ritmo apreciado no Brasil inteiro durante todo o ano. Entretanto, o que faz dele um respeitado símbolo do nosso povo é a bela história pela qual passou este ritmo: um tipo de diversão essencialmente rural, dançado nos pés-de-serra e tocado por lendários sanfoneiros como Januário, passando pela popularização através de nomes como Luís Gonzaga, Patativa do Assaré e Dominguinhos, até à paixão nacional que é hoje, graças aos arranjos de instrumentos modernos como baixo e guitarra, de bandas como Mastruz com Leite ou Limão com Mel, o forró sintetiza o que há de genuíno, espontâneo e belo na cultura popular.

Por muito tempo o forró ficou, senão restrito, pelo menos com sua prática intensificada somente nos períodos das festas juninas. Quem não passou os primeiros meses do ano esperando chegar as férias juninas para viajar para o interior e poder, em meio a licores e comidas típicas, ouvir um gostoso forró e dançar quadrilha? Ou quem pelo menos não aproveitou esta época para enfeitar a casa com bandeirolas, chamar os amigos e colocar aquele disco do Gonzagão ou do Trio Nordestino que estava guardado na estante o ano inteiro? Fosse como fosse, São João era tempo de ouvir forró. É claro que não mudou, a diferença é que agora ouve-se forró durante o ano inteiro, principalmente nos meses de abril a julho.

Artista como Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, que passam o ano cantando outros gêneros nordestinos, durante os festejos juninos, fazem shows que são genuínos arrasta-pés. Este ano, a banda baiana Chiclete com Banana lançou disco e fez show com este ritmo nordestino e Gilberto Gil , em virtude da trilha sonora feita para o filme Eu, Tu e Eles, viajou o Brasil com uma turnê com bons e velhos forrós.

Gilberto Gil, durante a Tropicália, fez ressurgir o nome e a importância de Luís Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, que passava por um período de ostracismo. Bastou Gil apontar o Velho Lua, como uma de suas maiores influências musicais e Caetano Veloso regravar Asa Branca, de Luís Gonzaga e Luís Teixeira, em 1971, para reavivar o interesse brasileiro pela música nordestina e pelo grande nome que é Luís Gonzaga.

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